Após cinco anos de muita luta e resistência, no dia 16/4, as 500 família do MST, que vivem no acampamento 1° de Agosto (foto ao lado), em Cascavel, no Oeste do Paraná, receberam a notícia de que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) concluiu o processo de compra da Fazenda Cajati.
Com a desapropriação de 889 hectares da fazenda que pertencia a empresa Imapar (Cajati Reflorestamentos e Agricultura), o Incra pretende assentar 106 famílias no local. No entanto, antes que sejam assentadas, os Sem Terra cobram da autarquia o assentamento de todas as famílias acampadas na região Oeste, que hoje somam cerca de 800. Segundo o coordenador estadual do MST, Celso Barbosa, o Movimento tem um acordo na região de que ninguém será assentado, enquanto o Incra não adquirir terras para beneficiar a maioria das famílias acampadas.
A compra da área deveria ter sido concretizada já em novembro de 2005, mas vários entraves burocráticos vinham dificultando o negócio. A fazenda foi adquirida com base no Decreto 433, de 24 de janeiro de 1992, que permite a aquisição de imóveis considerados de interesse social, mas não passíveis de desapropriação. O Incra investiu cerca de R$ 10 milhões na compra, dos quais R$ 90,2 mil pagos em moeda corrente, devido às benfeitorias, e o restante por meio de TDA (Títulos da Dívida Agrária), com prazo de resgate até 2012.
A fazenda Cajati foi ocupada por cerca de 800 famílias do MST em 2004, que montaram o acampamento 1° de Agosto no local.
Educação
Para garantir o acesso dos trabalhadores a uma educação de qualidade, os acampados conquistaram a Escola Itinerante Zumbi dos Palmares, que funciona dentro do acampamento, com um projeto pedagógico voltado para a realidade do campo, e que atende cerca de 740 educandos do ensino fundamental e médio.
Mesmo vivendo em barracos de lona, de forma provisória, durante os cinco anos de acampamento as famílias produziram alimentos para a sua subsistência. A produção anual chega a uma média de 22 mil sacas de milho, 13 mil sacas de feijão, 250 mil sacas de arroz, mais de 19 mil kg de abóbora, 49 mil kg de mandioca, 180 sacas de amendoim, 1.800 kg de pepino, 800 kg de batata-doce, 510 kg de melão, 500 kg de melancia, pipoca, entre outros alimentos.
O acampamento também conta com uma farmácia, que funciona durante o dia todo, com tratamentos de ervas medicinais e outras terapias alternativas, além de realizar um trabalho de promoção, prevenção e educação em saúde preventiva junto às famílias. Somente os casos mais graves são encaminhados para postos de saúde ou hospitais. O que tem diminuído muito a procura pelos serviços médicos na cidade e melhorado a qualidade de vida dos trabalhadores.
(Com informações da Agência Estado)
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=6688
Com a desapropriação de 889 hectares da fazenda que pertencia a empresa Imapar (Cajati Reflorestamentos e Agricultura), o Incra pretende assentar 106 famílias no local. No entanto, antes que sejam assentadas, os Sem Terra cobram da autarquia o assentamento de todas as famílias acampadas na região Oeste, que hoje somam cerca de 800. Segundo o coordenador estadual do MST, Celso Barbosa, o Movimento tem um acordo na região de que ninguém será assentado, enquanto o Incra não adquirir terras para beneficiar a maioria das famílias acampadas.
A compra da área deveria ter sido concretizada já em novembro de 2005, mas vários entraves burocráticos vinham dificultando o negócio. A fazenda foi adquirida com base no Decreto 433, de 24 de janeiro de 1992, que permite a aquisição de imóveis considerados de interesse social, mas não passíveis de desapropriação. O Incra investiu cerca de R$ 10 milhões na compra, dos quais R$ 90,2 mil pagos em moeda corrente, devido às benfeitorias, e o restante por meio de TDA (Títulos da Dívida Agrária), com prazo de resgate até 2012.
A fazenda Cajati foi ocupada por cerca de 800 famílias do MST em 2004, que montaram o acampamento 1° de Agosto no local.
Educação
Para garantir o acesso dos trabalhadores a uma educação de qualidade, os acampados conquistaram a Escola Itinerante Zumbi dos Palmares, que funciona dentro do acampamento, com um projeto pedagógico voltado para a realidade do campo, e que atende cerca de 740 educandos do ensino fundamental e médio.
Mesmo vivendo em barracos de lona, de forma provisória, durante os cinco anos de acampamento as famílias produziram alimentos para a sua subsistência. A produção anual chega a uma média de 22 mil sacas de milho, 13 mil sacas de feijão, 250 mil sacas de arroz, mais de 19 mil kg de abóbora, 49 mil kg de mandioca, 180 sacas de amendoim, 1.800 kg de pepino, 800 kg de batata-doce, 510 kg de melão, 500 kg de melancia, pipoca, entre outros alimentos.
O acampamento também conta com uma farmácia, que funciona durante o dia todo, com tratamentos de ervas medicinais e outras terapias alternativas, além de realizar um trabalho de promoção, prevenção e educação em saúde preventiva junto às famílias. Somente os casos mais graves são encaminhados para postos de saúde ou hospitais. O que tem diminuído muito a procura pelos serviços médicos na cidade e melhorado a qualidade de vida dos trabalhadores.
(Com informações da Agência Estado)
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=6688
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