As cores da primavera ainda não desabrocharam
Será que elas iram florir?
Quando se perde um grande e ilusório amor
Quer-se logo que a primavera apareça
Pra que com ela traga um grande novo amor, tão ilusório quando o anterior
Que as cores por estante volte e com elas as magoas possam desaparecer
Caminho pelas ruas com chuviscos que caem a molhar-me
A dor de garganta nesta noite é o único resultado que se expressa das olhadas encantadoras que surgem nos botequins noturnos da ilha
Do samba, minha fama de malandro me faz tirar bons proveitos, mais ainda assim são insuficientes para que a primavera volte e afaste o frio decadente do inverno que negasse a ir embora
O prazer do sexo que agora me toma parece ainda frio, em outros verão e em certos momentos doloroso demais para continuar
Os seios cheirosos das moças que me procuram, os gemer dos dentes e o suor dos corpos me espiram
Talvez seja o inverno constante que não passe que me faça querer viajar pra Sampa
Para o norte quem sabe as coisas esquentemMais ainda procuro aquela que levará o inverno, florirá a primavera para que as estações não passem sem que eu não sinta o melhor que nelas existem.
Willian Conceição é acadêmico de História e autor deste blog
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