Há quase um mês da operação que destruiu as ocupações irregulares que surgiram na cidade, os joinvilenses começam a fazer suas avaliações sobre tal situação. A operação que mobilizou cerca de 150 policiais, 50 agentes da prefeitura, ambulâncias, helicóptero, corpo de bombeiros e conselho tutelar, pode ser vista como uma operação de guerra ao estilo romano aos que moram na região.
Além dos custos que está operação mobilizou, o debate sobre a dimensão social do problema de habitação é fundamental. Ou seja, as ocupações são casos de policia ou incapacidade de gerir problemas sociais? Há quantos anos não se constroem loteamentos de cunho social na cidade? Estas perguntas devem ser respondidas pela Prefeitura Municipal de Joinville.
Duas são as características que podemos analisar deste governo. Uma comum a todos os anteriores, ou seja, o problema social como caso de policia e a segunda deve-se algo “unânime” e patológico diriam os psicólogos. Denominado como Esquizofrenia, leia-se transtorno psíquico que se classifica por sintomas como: alterações do pensamento, alucinações (visuais etc), delírio e alterações no contato com a realidade. A incapacidade de resolver problemas torna-se sempre perseguição, portanto alucinação. “Estamos sendo perseguidos”!
A falta do acesso ao direito de moradia é um problema social e político, e como tal não devemos remeter como caso de polícia. O que nos falta é coragem de enfrentar os interesses da especulação, taxando os imóveis desocupados, criando fundos de habitação e desapropriando-os. Só assim deixaremos de remeter este problema como simples e superficial e garantiremos a todos o direito constitucional à moradia digna.
Willian Conceição acadêmico de História da UDESC e pesquisador da UFSC.
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