30 de julho de 2009

Hondureños ejecutan paro cívico en una nueva jornada de resistencia

El presidente Manuel Zelaya se mantiene en la frontera de Nicaragua con Honduras, mientras su esposa, hijos y gran cantidad de manifestantes lo esperan del otro lado de la línea fronteriza. Su retorno a la nación continúa bloqueado, por fuerzas militares golpistas .

Los movimientos sociales de Honduras continúan en protesta este jueves apoyados por un paro cívico nacional del sector estatal, y la toma de carreteras e instituciones públicas en varias partes del país, en contra del gobierno de facto liderado por Roberto Micheletti y a favor de la restitución del presidente legítimo Manuel Zelaya.

La acción se une a la huelga de 48 horas que convocaron las tres centrales sindicales del país el pasado domingo, tras una asamblea del Frente Nacional contra el golpe de Estado.

Durante el encuentro, se adoptaron medidas para la recuperación del orden constitucional y se planteó fortalecer las acciones para ejercer presión al régimen actual que gobierna Honduras.

A las manifestaciones de este jueves y del viernes se sumarán los seis colegios del magisterio nacional, los cuales en una estrategia para evitar la pérdida del curso escolar, regresan a las aulas los tres primeros días de la semana.

Maestros y profesores mantuvieron una paralización durante tres semanas, luego del golpe de Estado efectuado el pasado 28 de junio.

En los tres últimos días, miembros del Frente cerraron los accesos de los principales complejos de lujosas y caras tiendas de la sociedad pudiente del país.

Las acciones fueron ejecutadas en repudio a la participación de los empresarios en las estrategias golpistas basadas en desestabilizar el orden constitucional.

Esta protesta afectó al Metro Mall, entre cuyos propietarios se encuentran el ex presidente de origen panameño Ricardo Maduro.

El gobierno de facto por su parte, prorrogó nuevamente el toque de queda en el oriental departamento de El Paraíso, sometido al estado de sitio desde hace seis días. Tal medida ha provocado una emergencia humanitaria en la zona.

Esa determinación del gobierno de facto está ligada a la presencia de la resistencia popular a favor del presidente Zelaya, que está a la espera de su presidente en la zona.

Tropas del ejército y la Policía mantienen retenes en la carretera Panamericana camino al puesto de Las Manos, fronterizo con Nicaragua, para cerrar el paso a miles de personas que esperan reunirse con el presidente Manuel Zelaya, quien está del otro lado de la frontera.

La familia presidencial de Manuel Zelaya encabeza las concentraciones que exigen que le permitan el paso al derrocado mandatario.

Vigilias populares en la embajada de Venezuela y la emisora Radio Globo continuaron en horas de la madrugada de este jueves por sexta jornada consecutiva en un esfuerzo de protegerlas de acciones de las fuerzas policiales.

teleSUR - Pl / ld-PR

Link: http: //www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/54931-NN/hondurenos-ejecutan-paro-civico-en-una-nueva-jornada-de-resistencia-contra-micheletti/

28 de julho de 2009

PSOL elege nova direção em Santa Catarina


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu sua nova direção estadual em Santa Catarina neste sábado, durante o 2º Congresso Estadual do partido. O presidente do PSOL, Afrânio Boppré, foi reconduzido para o cargo e ficará à frente da direção partidária pelos próximos dois anos. A votação se deu em chapa única, eleita por unanimidade com 32 votos.

Após o 2º Congresso, a cidade de Joinville passa a estar representada na direção estadual por meio de dois militantes. O jornalista Leonel Camasão agora integra a executiva estadual do partido,como novo secretário de comunicação. Enquanto isso, o estudante de Filosofia Hernandez Vivan foi eleito membro-titular do diretório estadual. O secretário de Organização do PSOL Joinville, Ivan Rocha de Oliveira, também foi eleito membro-suplente do diretório.

Exatas 150 pessoas participaram das plenárias do PSOL em 14 municípios catarinenses. Ao todo, 32 delegados estaduais foram eleitos para o congresso. Durante o Congresso Estadual, também foram escolhidos os cinco delegados para o Congresso Nacional do PSOL. O Congresso ocorrerá em São Paulo, nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 2009.


Nova Executiva Estadual

Afrânio Tadeu Boppré Presidente

Luana Bergmann Secretária Geral

Dari Diehl 1º Secretário

Alciléia Medeiros Cardoso Tesoureira

Valmir Martins 1º Tesoureiro

Leonel Camasão Secretário de Comunicação

Rogério Fossati Pinto Secretário de Formação

Odelondes de Souza Secretário de Organização

Marcos Aurélio Neves Secretário de Movimentos Sociais

Diretório Estadual

Titulares

Ancelmo Salvador Mafra

Claiton Weizemann Dionísio Cerqueira

Gilberto Porto Belo

Hernandez Eichenberger Joinville

Leoberto Piacentini Urussanga

Nestor Ribeiro Lages

Nilton Coelho São José

Odirlei Dell’Agnolo Brusque

Osni Walfredo Wagner Blumenau

Rodolfo da Silva Florianópolis

Tânia Ramos Florianópolis

Walmir Karling Concórdia


Suplentes

Hartmut Kraft Blumenau

Ivan Rocha de Oliveira Joinville

Modesto Azecedo Florianópolis

Nilton Lourenço Junior Mafra

Paulo Wilpert Florianópolis

Delegados Nacionais do PSOL Santa Catarina

Titulares

Afrânio Boppré

Dari Diehl

Luana Bergmann

Odelondes de Souza

Willian Luiz da Conceição

Suplentes

ClaitonWeizemann

Leonel Camasão

Nilton Coelho

Osni Walfredo Wagner

Rogério Fossati

20 de julho de 2009

PSOL vai se organizar em Núcleos

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Joinville iniciou um importante passo de sua organização política e social. Para reforçar seu carácter de partido socialista, de luta e com viés democrático, o PSOL estará organizando-se através de núcleos de base.

Os núcleos incluem todos os militantes do partido, divididos por local de trabalho, estudos, região , entre outros. Os núcleos terão como objetivos a formação política dos militantes novos e antigos, inserção social em seus locais de atuação e o fomento das lutas junto aos movimentos populares e sociais.

Ao todo, cinco núcleos vão dar início a essa forma de organização partidária. Dois deles estão localizados em instituições de ensino superior, já que o PSOL de Joinville foi refundado, em sua maioria, por estudantes universitários. Os núcleos do Ielusc e da Univille vão contribuir com a luta nas universidades e debater o movimento estudantil e seu papel.

O núcleo sindical vai fomentar as lutas de reivindicação nos diversos setores profissionais, pontuando o momento de crise em que nos encontramos e que atinge centenas de trabalhadores/as, enquanto o núcleo de ocupações vai atuar, fortalecer e contribuir com a luta por moradia popular, levando em consideração o grave problema de política de habitação na cidade e o avanço da especulação imobiliária que força centenas de homens e mulheres a ocuparem locais irregulares

O PSOL também vai investir em seu primeiro núcleo de bairro, com a intenção de formar novos militantes e atuar nas mais diversas regiões de Joinville. O primeiro núcleo nessa área vai atuar nos bairos Petrópolis e Parque Guarani, ambos na Zona Sul da cidade.


17 de julho de 2009

Atrelados a empreiteiras, governos seguem ignorando direito à moradia

Por Gabriel Brito

Na semana passada, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) iniciaram uma jornada de protestos diante da casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no centro de São Bernardo do Campo. Na ocasião, integrantes do movimento se acorrentaram diante da residência, recebendo a companhia de outro companheiro a cada dia passado sem negociações. Começando com três acorrentados, o número se elevou a oito até a visita de um assessor da presidência (em 13/07).

O movimento exige a desapropriação de diversos terrenos, a regularização de cerca de 2000 famílias do acampamento Anita Garibaldi, maior celeridade na resolução da situação do Acampamento Carlos Lamarca, entre outras questões. Em entrevista ao Correio da Cidadania, o dirigente Guilherme Boulos afirmou não ter restado alternativa diferente ao movimento, ignorado em suas reivindicações e sofrendo despejos freqüentemente violentos, em franco conluio do poder público com a especulação imobiliária.

Destacando o fato de muitas famílias estarem há quase 10 anos esperando pelo acesso à moradia, Boulos lamenta o fato de o movimento ser duramente reprimido quando busca somente a aplicação da função social da terra e do direito constitucional a todos garantido da casa própria. Talvez o fato, para ficar em um exemplo, de o prefeito paulistano Gilberto Kassab ter recebido das empreiteiras 12 milhões dos 27 milhões de reais gastos em sua campanha seja explicativo.

Com a força do capital especulador e financiador de campanhas, ele não hesita em dizer que o programa Minha Casa, Minha Vida lançado pelo governo "não tem a menor condição de solucionar o déficit habitacional no país", uma vez que, além da desequilibrada destinação de subsídios, não enfrenta a questão das desapropriações e os interesses das empreiteiras e especuladores da terra.

Correio da Cidadania: O que levou os integrantes do movimento a chegarem a tal ponto em seus protestos, acorrentando-se diante da residência do presidente?

Guilherme Boulos: O que levou aos acorrentamentos foi o esgotamento das outras possibilidades de mediação. O governo federal estabeleceu uma série de compromissos com o MTST, como a construção de casas e viabilização de empreendimentos que atendam à demanda do movimento. E desde alguns anos, pelo menos 2005, quando esses compromissos começaram a ser estabelecidos, não vêm sendo cumpridos.

O que na verdade tem acontecido, ao contrário de empreendimentos de construção habitacional, são despejos. Estamos com problemas concretos de despejo na região de Sumaré, previsto para daqui a duas semanas, sendo que a localidade abriga 4000 pessoas; existem ainda casos de famílias que esperam há anos por acordos em situação precária; e o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ lançado pelo governo tampouco sinalizou que irá incluir essas famílias mais necessitadas e que esperam há muito tempo.

Por todo esse conjunto de fatores que fomos protestar diante da casa do presidente.

CC: E são aproximadamente quantas famílias envolvidas em todo o estado de São Paulo à espera de uma moradia?

GB: Somente no estado de São Paulo calculamos quase 20.000 famílias vinculadas ao movimento. Aqueles que estão na casa do Lula o fazem em nome de todo esse contingente.

CC: Há quanto tempo, em médias, essas famílias estão esperando pela concessão de suas moradias?

GB: Isso depende de caso a caso. Há famílias que esperam há oito, nove, dez anos. E há também aquelas que não se organizam nos movimentos sociais e só se cadastram nos programas do governo. Esses casos podem chegar a até 20 anos.

No movimento muitas famílias esperam há cerca de 8 anos, como disse, e ainda não foram contempladas.

CC: Qual a rotina dos acampamentos, em que condições passam os dias e meses as pessoas alojados com o movimento?

GB: As condições dos acampamentos são extremamente precárias no sentido da infra-estrutura urbana. Na medida em que há uma ausência do poder público para suprir as necessidades básicas das famílias, as condições são muito precárias em termos de saneamento, alimentação, enfim, todas as dificuldades que existem não só nas ocupações do movimento, mas também no conjunto de todas as grandes periferias urbanas.

No entanto, quando o movimento social está presente, de alguma forma essa situação é contrabalanceada pelo trabalho coletivo, solidariedade e ajuda mútua que existe entre as pessoas que fazem parte desse processo de luta.

As condições permanecem sendo precárias, mas há uma solidariedade maior que torna a sobrevivência possível.

CC: Quais têm sido as posturas do governo na condução do processo e trato dos militantes?

GB: Até hoje (segunda, 13/07) não havia sido aberta negociação. Exatamente hoje tivemos uma reunião com um assessor da presidência, que veio a São Paulo dialogar com o movimento, sem ainda uma sinalização clara de proposta governamental para atender às demandas e reivindicações apresentadas por nós. De toda forma, abriu-se um andamento da negociação, a fim de solucionar nosso problema.

CC: O que, em sua opinião, impede o governo de regularizar as moradias e posses de terrenos em áreas há muito tempo ocupadas e que muitas vezes não estão cumprindo nenhuma função social e/ou econômica?

GB: Na nossa avaliação a força do capital imobiliário, a importância da indústria da construção civil, a importância dos especuladores imobiliários e também seu peso político, inclusive com bancadas parlamentares e financiamentos de campanha, são todos fatores decisivos para que tais setores mantenham seus privilégios, muitas vezes de forma ilegal.

A Constituição assegura a função social da propriedade. Mas a gente vê grandes latifúndios urbanos abandonados há anos, servindo apenas à especulação, sem serem desapropriados e sem que haja posturas do governo, em todas as suas instâncias, no sentido de fazer valer alguma função social da terra.

E quando o movimento busca a aplicação dessa função social da terra em muitas vezes é tratado com repressão.

CC: E essa repressão por você mencionada tem sido exagerada?

GB: Considerando só o MTST, temos sofrido nos últimos anos – além das formas mais tradicionais de repressão, como violência policial direta, protestos judiciais e criminais contra dirigentes do movimento, despejos arbitrários – ações civis de interdito proibitório, que impedem o movimento de se manifestar em prefeituras, o que também ocorre com o movimento sindical no Brasil, com interditos que impedem greves e piquetes em determinadas fábricas e empresas.

Portanto, além da repressão de sempre, estamos tendo nosso direito de manifestação tolhido.

CC: Você teria em mente situações que tenham deixado claro algum tipo de conluio entre iniciativa privada e poder público em lutas do movimento, como concessão de terrenos, despejos?

GB: Ah, sim, são casos muito freqüentes. Podemos dar vários exemplos. Houve um despejo em São Paulo no qual as famílias receberam indenizações pagas por uma incorporadora que tinha interesse no terreno vizinho, pois desenvolvia um empreendimento ao lado da ocupação. O poder público se aliou à empreiteira, interessado em valorizar o terreno em construção, e deu uma migalha para as famílias saírem.

Em outra oportunidade, ocupamos o terreno de uma grande multinacional, financiadora de campanha, e na época tanto parlamentares como o governador Geraldo Alckmin se posicionaram de maneira truculenta em favor do despejo, defendendo os interesses da empresa.

Enfim, eu poderia aqui recorrer a uma série de exemplos. É muito frequente essa promiscuidade entre o capital privado do setor imobiliário e o poder público no ataque aos direitos das famílias sem teto.

CC: Acredita que o pacote habitacional lançado por Lula, tão elogiado por teoricamente se voltar aos brasileiros de menor renda, surtirá algum efeito real nessa camada de pessoas que ainda não conseguem acessar sua moradia própria? Acredita que ajudará a reduzir o déficit habitacional ao menos em algumas metrópoles?

GB: Esse pacote é muito limitado. Primeiro porque apenas 40% das unidades habitacionais previstas no programa são voltadas às famílias que ganham menos de três salários mínimos, que correspondem a praticamente 90% do déficit habitacional.

Em termos de subsídio, a proporção é ainda menor: apenas 20% dos recursos do programa serão voltados a essa camada. O programa está voltado para atender a apenas 14% do déficit habitacional do país. Esse problema é muito mais grave no Brasil.

Claro que a existência de mais subsídio para as classes populares tem um significado, mas a maneira de condução do programa, dando centralidade às empreiteiras como agentes fundamentais, e a taxa de renda que acabará pegando pela destinação de recursos fazem com que esse programa não tenha a menor condição de solucionar o déficit habitacional no país, principalmente nas grandes metrópoles, onde o valor da terra, muito mais alto por conta da especulação imobiliária, exigiria uma política de desapropriações.

E o ‘Minha Casa Minha Vida’ não prevê desapropriação, apenas negociações e compras de terra. Sem o instrumento das desapropriações, da troca de terra por dívida, que possuem centralidade no tema da função social da propriedade, não se resolve o déficit habitacional do Brasil.

CC: E como você analisa as perspectivas futuras do movimento no atual contexto de lutas dos movimentos sociais no país?

GB: Diante da crise econômica internacional, da carência cada vez maior de condições mínimas de vida digna à maioria da população brasileira, latino-americana, estamos diante de um grande desafio aos movimentos populares, e nisso o MTST tem sua responsabilidade, que é desenvolver cada vez mais o trabalho de base e organizar o povo que está desamparado e sem perspectiva nas periferias urbanas, fazendo grandes lutas e mobilizações para mudar essa realidade social.

A visão do MTST é a de que a sociedade capitalista é predatória e que nossos problemas não poderão ser resolvidos nos marcos desta sociedade. A luta nossa e dos movimentos populares, conseqüente com uma perspectiva de libertação, se confunde com as batalhadas do conjunto da classe trabalhadora por uma nova sociedade.

Esse é o desafio que nos colocamos em todas as nossas atividades de organização popular, mobilização, luta e pressão contra os governos.

Gabriel Brito é jornalista.

Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3504/9/


13 de julho de 2009

Protestos continuam em terceira semana após o golpe

da Redação

Golpistas suspenderam o toque de recolher e expulsaram jornalistas venezuelanos da Telesur e VTV

Nesta segunda-feira (13) continuam os protestos em Tegucigalpa, capital de Honduras, contra o golpe de Estado que depôs o presidente constitucional Manuel Zelaya no último dia 28 de junho.

Três semanas após o golpe, o povo hondurenho se mantém nas ruas pedindo a saída de Roberto Micheletti, que assumiu a presidência após o golpe, e o retorno de Zelaya, que nesta segunda permanece em Managua, Nicarágua.

Para esta terça-feira (14) está prevista uma reunião entre as centrais sindicais, campesinas, estudantis, juvenis, de direitos humanos e ambientalistas hondurenhas para se criar uma agenda da semana e as estratégias que servirão para ampliar a resistência no país centroamericano.

Negociação

Nas negociações entre o governo golpista e o presidente constitucional hondurenho, iniciadas na semana passada com a intermediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, não se chegou a um acordo. Em dois dias de discussões em San Jorge, capital costa-riquenha, ficou decidido apenas que o diálogo continuará em outra data.

Arias esteve reunido com o presidente deposto, Manuel Zelaya, e com o líder do governo golpista, Roberto Micheletti. Eles tiveram conversas particulares com o presidente costa-riquenho, que reuniu-se também com as delegações dos dois lados.

Neste domingo (13), Michelleti disse que vê nas eleições presidenciais a saída para o impasse e também uma forma de escapar de uma condenação internacional pelo golpe de Estado.

O governo golpista ofereceu anistia a Zelaya, mas ele afirmou que retornará a Honduras como presidente.

De acordo com um pronunciamento do presidente venezuelano, Hugo Chávez, o presidente deposto poderia retornar a qualquer momento para Honduras.

Chávez disse que os militares golpistas não têm o controle absoluto das Forças Armadas e que não estranharia se aparecessem pronunciamentos de oficiais a favor de Zelaya. Para ele, a presença de Zelaya em Honduras poderia causar um movimento cívico militar, que teria o objetivo de criar uma base de ação para recuperar o poder.

Toque de recolher

O toque de recolher imposto pelos golpistas desde o dia 28 de junho, que vigorava das 23h às 4h local, foi suspenso neste domingo.

Segundo o governo de Micheletti, a suspensão se deu por ter-se “alcançado os objetivos de devolver a calma à população" após o golpe.

No entanto, organizações populares alegaram que esta decisão foi tomada para “dar a entender ao mundo que há um ambiente de liberdade no país” e alertaram que “a repressão dos golpistas continua”.

Censura

De acordo com um informe da Comissão Investigadora de Atentados a Jornalistas, da Federação Latinoamericana de Jornalistas, muitos jornalistas foram perseguidos, detidos, ameaçados e expulsos de Honduras desde o golpe de Estado.

O último episódio da censura no país, conforme a organização, foi a detenção e expulsão de jornalistas venezuelanos das equipes da Telesur e da estatal Venezuelana de Televisão (VTV), no sábado (11). As duas emissoras venezuelanas foram as únicas que mantiveram transmissão integral de Honduras desde o golpe.

O ato foi condenado pela Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez e por jornalistas hondurenhos.

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/protestos-continuam-em-terceira-semana-apos-o-golpe




Movimento mantêm mobilização em frente à casa de Lula

Patrícia Benvenuti

Acampados em frente à residência do presidente Lula, em São Bernardo do Campo, integrantes do MTST devem intensificar ação se não houver diálogo com o governo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete intensificar seu protesto em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista, caso não haja diálogo por parte do governo. Desde a última quarta-feira (08), um grupo de trabalhadores se mantém mobilizado em frente à residência do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, em protesto contra os rumos do programa federal de habitação "Minha Casa, Minha Vida".

No momento, 150 pessoas estão acampadas em frente ao apartamento do presidente, sendo que sete estão acorrentadas a um poste de luz. Os trabalhadores, porém, ainda não foram recebidos por representantes do governo, como explica o coordenador estadual do MTST Guilherme Boulos. "Até agora não houve nenhum contato oficial no sentido de abrir diálogo com o movimento", garante.

Para esta semana, Boulos adianta que o MTST planeja um novo ato, a fim de pressionar o governo a dialogar com os sem teto. "Pensamos em construir novas ações para complementar esse protesto", afirma Boulos.

Reivindicações

Os trabalhadores reivindicam inclusão no programa "Minha Casa, Minha Vida" que, apesar de prometer um milhão de moradias famílias com até dez salários mínimos, não visa a atender as necessidades de famílias de baixa renda.

Em carta para o presidente Lula, eles afirmam que "as construtoras, que tanto já ganharam em cima de nosso suor, só têm apresentado projetos para pessoas de renda média e alta".

Os sem teto pedem, ainda, desapropriação de terrenos ocupados pelo MTST e participação ativa do governo federal nas negociações do movimento em todas as regiões e estados onde os sem teto estiverem presentes.


Fonte: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/movimento-mantem-mobilizacao-em-casa-de-lula



9 de julho de 2009

O MST - Jornal A Notícia no dia 09/07/2009



O MST, a luta pela Democratização da Terra e da Soberania Popular

Por Willian Luiz da Conceição

Resposta à cronica do advogado Marcelo Harger publicada no Jornal A Notícia no dia 8 de julho de 2009.

O Movimento denominado pelo Srº MARCELO HARGER como Movimento dos Sem-tolerância, nada mais é do que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), maior e mais bem organizado movimento social de reivindicação e da luta pela reforma agrária no mundo, reconhecido mundialmente como importante organização para o processo de democratização de nosso país, inclusive pela ONU.

O que não trata o Srº Marcelo, é que o mesmo movimento que ataca, ocupa propriedade improdutivas, que não respeita as leis trabalhistas nem as ambientais. Essas terras que não cumprem sua função social como afirma a Constituição Brasileira nos artigos 184 e 186, devem ser desapropriadas para fins da reforma agrária. Se o MST, e os trabalhadores rurais sem-terra ocupam essas terras é por que não se tem o interesses das elites econômicas e políticas como o Srº Marcelo Harger de revolver este problema social histórico.

Lembrando que falo da maior concentração fundiária do mundo, origem de toda concentração de riqueza de nosso país e base da miséria que assola nosso povo no campo e nas cidades. Sendo utilizados pelos ricos e poderosos de nosso país todos os meios e mecanismos como o Ministério Público fascista do RS para criminalização de movimentos legítimos como o MST, suas escolas de formação humana, acampamentos, assentamentos e cooperativas que vem produzindo cada vez mais alimentos, exemplo a Terra Viva de nosso Estado que muitos conhecem.

O objetivo de uma reforma agrária deve ser de recuperar a esperanças e dignidade de milhões de trabalhadores brasileiros historicamente roubados, excluídos e marginalizados. Corrigindo a produção nacional de forma mais responsável e com o intuito de alimentar um povo, que todos os nutricionistas afirmam não ter o que comer, nem saber como se deve comer, e assegurar terras, dentro de novos termos de divisão do solo, para uma sempre maior população até agora sem alimento, sem teto, sem terra e instrumentos de trabalho próprios; as margens do grande latifúndio apesar de constituir uma classe de milhões de cidadãos na mais injusta e na mais irremediável das desigualdades, à econômica.

A reforma agrária consiste na democratização da terra que a partir da invasão europeia foi grilada, cercada e manchadas de sangue de índios, negros, colonos pobres, ou seja, da maioria do povo brasileiro, hoje se encontra nas mãos das grandes multinacionais que devastam, queimam e destroem nosso país em nome de um desenvolvimento nacional irresponsável, insustentável e desigual.

O Latifúndio permanece ainda hoje sendo sinônimo de riqueza, status e fetiche de nossa burguesia brasileira controlada pelo capital financeiro internacional explorando milhões de crianças, adultos e velhos no antigo regime escravocrata e servil brasileiro onde predomina a monocultura da soja, da cana de açúcar e do pinús num processo industrial e comercial milionário que é voltado à exportação não tendo nenhum interesse com a soberania alimentar de nossa nação. A reforma agrária não será medida de Estado ou governo mais da vontade e interesse da população brasileira.

Convido-os a todos a conhecerem os assentamentos do MST na região, sua atividades de formação humana, de sua produção baseadas na agroecologia e na pluricultura, para que todos constatem que não tem monstros no campo, há não ser os que sustentam, defendem e legitimam o latifúndio assassino e desumano.

Willian Luiz da Conceição é estudante de História da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, presidente do PSOL em Joinville e colaborador do setor de relação com a sociedade do MST.

link da Cronica de Marcelo Hager no AN: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2572082.xml&template=4187.dwt&edition=12669&section=941

link desta Resposta Publicada no dia 09/07/2009 no mesmo Jornal: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2573080.xml&template=4187.dwt&edition=12677&section=882


7 de julho de 2009

"A Telesur será independente sempre, neutra jamais"

Por Dario Pignotti

Especialista na cobertura de conflitos armados, Botero solta uma gargalhada quando perguntado se "Chávez vai declarar guerra a Ted Turner", criador da cadeia de TV norte-americana CNN. "Não gostaria de entrar em guerra com a CNN, mas você pode estar certo que faremos uma batalha leal no campo da informação. Nos separa uma concepção de jornalismo e um modo de olhar a notícia. Veja o caso do Iraque: enquanto eles falam de guerra, nós dizemos invasão, enquanto eles privilegiam os ataques aliados, nós colocáramos as câmeras junto às vítimas civis".


Magro, grisalho, de voz rouca, Botero passou anos na selva onde filmou "Capturados na Colômbia", reportagem que registrou testemunhos inéditos de guerrilheiros das FARC e um grupo de americanos que até hoje continuam seqüestrados por eles. A CBS se interessou pelas revelações inéditas da reportagem e a transmitiu em seu programa "60 Minutos".

Botero conversou com a Agência Carta Maior no momento em que a CNN celebra seus 25 anos com 260 milhões de telespectadores e um faturamento multimilionário. O orçamento da Telesur é de apenas 2,5 milhões de dólares, valor aportado pela Venezuela (51%) e pela Argentina, Cuba e Uruguai (49% somados). A ausência mais sonora é a do Brasil, que impulsiona seu próprio canal internacional, uma decisão que marca uma sutil distância com a estratégia comunicacional bolivariana.

Os responsáveis pela Telesur sabem que, por alguns anos, não haverá sobressaltos econômicos: os altos preços do petróleo garantem recursos frescos que chegaram na forma de publicidade da PDVSA (a estatal venezuelana do setor petrolífero). Segundo Botero, é a primeira vez que, na Venezuela, os lucros resultantes da exploração do petróleo "se voltam para o povo e para projetos como este".

Ainda que a estrutura da Telesur esteja distante da gigante CNN, o editor não desanima. "Estamos trabalhando com um espírito heróico, somos conscientes de que estamos nos lançando contra as grandes redes da informação desafiando o olhar e o pensamento único. Este gesto é possível porque existe um contexto geopolítico de relançamento do eixo Sul-Sul". A Botero não aflige que seus detratores tenham batizado a nova emissora como "TV Al Bolívar", em alusão ao canal árabe que luta palmo a palmo com as grandes cadeias ocidentais. "Respeitamos o extraordinário trabalho da TV Al Jazira e já firmamos um convênio com eles para que tenham um escritório em Caracas", diz. Mas se incomoda quando a oposição venezuelana prognostica que a Telesur acabará sendo uma "Telechávez", algo assim como uma versão ampliada do "Alô Presidente", programa conduzido por Hugo Chávez todos os domingos.

. Carta Maior: Como vocês pretendem evitar que a Telesur se torne um órgão de propaganda oficial?
Jorge Botero: Dias atrás alguém perguntou o que faríamos quando começássemos a sofrer pressões derivadas do fato de se tratar de um canal de gestão estatal de quatro países. Quem perguntou foi um jornalista da Rádio Caracol, da Colômbia, recém comprada pelo grupo espanhol Prisa. Respondi a ele: "bem, homem, eu faria o mesmo o que você faz quando aparece um dos donos de tua empresa, que é tratar de conservar a independência jornalística".

CM: E se o próprio Chávez pedisse para "corrigir" algum título?
JB: Somos um grupo de jornalistas de larga trajetória que fomos construindo uma carreira de credibilidade. Estou consciente de que haverá circunstâncias difíceis e é legítimo que, quem põe o dinheiro para criar o canal, aspire ter alguma incidência nele. Mas nem eu nem meus colegas, como o diretor, que é o uruguaio Aram Aharoinan [1] , viemos para fazer propaganda barata ou um pasquim oficialista.

CM: Por que o Brasil não se integrou à Telesur?
JB: O governo do presidente Lula vinha trabalhando desde antes em um projeto próprio para colocar a informação e a imagem brasileira no exterior, a TV Brasil internacional. O fato de que o governo brasileiro não seja acionista não impede que tenhamos em curso várias formas de colaboração operacional e de conteúdos. Temos firmado dezenas de convênios, um deles com o canal do Senado. No terreno jornalístico, o Brasil merecerá um intenso acompanhamento por parte da Telesur. Nosso escritório estará a cargo de Beto Almeida e contaremos com dois correspondentes.

CM: Qual será a estrutura da programação?
JB: Haverá 45% de informação, com uma equipe de correspondentes fixos nos Estados Unidos, México, Argentina, Bolívia, Brasil, Venezuela, Cuba, Uruguai, Colômbia e Venezuela. Serão 24 horas de transmissão divididas em 3 blocos, acompanhando a notícia mas sem se descuidar de temas esquecidos pelo radar dos meios comerciais. Teremos uma agenda própria, seguiremos a expansão das bases militares norte-americanas, a guerra da água na Amazônia, a luta do MST no Brasil. Também haverá programas dedicados aos personagens anônimos do continente como "Maestra Vida" e "Telesurgentes", sobre as lutas populares na América Latina. Trabalharemos com uma agenda real, não somos louquinhos que inventam temas.

CM: O que está sendo preparado para o lançamento?
JB: Haverá programas dedicados a Bolívar e vários especiais relacionados com notícias em desenvolvimento. Também teremos notícias, crônicas e um encontro virtual dos quatro presidentes que fazem parte do controle acionário. Para julho, possivelmente, teremos terminado várias investigações formidáveis que estão em preparação, mas não peça premissas.

CM: Alguma pista?
JB: Poderíamos ter algo sobre a Tríplice Fronteira... [2]

CM: A solenidade é habitual nos canais oficiais. Qual será a estética da Telesur?
JB: Seremos tudo menos solenes. Diria que, em termos de linguagem, seremos até desafiadores, quase experimentais. Já estão em marcha programas como "Cinexcepción", onde estrearemos filmes latinoamericanos, e "Voces em la cabeza", onde se ouvirá ska, rap, hip hop e até música eletrônica. O que digo a você e a todos os céticos é uma só coisa: assistam-nos.

CM: Vocês se animariam com a idéia de produzir um desenho animado ou uma série iconoclasta sobre Bolívar?
JB: Como não? Não creio que seja uma heresia, é parte de nossos sonhos. Quero que o canal trabalhe na área da ficção e Bolívar está nos planos. Realizaremos séries dramatizadas abordando a história e temas atuais. Fixe-se que, no dia de lançamento, teremos uma aproximação bastante ousada da biografia do Libertador, nada empolada. Apresentaremos um Bolívar humano, falível, mais como contou (Gabriel) García Márquez ou como o descreveu (José Carlos) Mariátegui.

CM: Em certas ocasiões a burocracia estatal obstaculiza as produções independentes...
JB: Aqui haverá lugar para todos, a única coisa que não se verá é lixo. Está em planejamento um ciclo chamado "Nojolivud" que, no lugar de supreproduções, apresentará produções proibidas nos circuitos comerciais. Haverá liberdade total para a produção independente. Já está em curso a Oficina Latinoamericana de Conteúdos, que é um pequeno instituto com o qual manteremos contato com os milhares de documentaristas e realizadores que estão espalhados pela América Latina. Queremos produzir com eles.

CM: Você falou de pensamento único. Cabe pensar que existe também um pensamento jornalístico único?
JB: E como não? Muito mais quando vemos como tem sido a cobertura das guerras nestes últimos anos, com a identificação das grandes redes com os interesses informativos do Império. A auto-censura é, talvez, o pior dos males de nossa profissão e para nos contrapormos a isso estamos recorrendo a jornalistas jovens, ainda que, muitas vezes, também os jovens estejam já algo contaminados pelas escolas de jornalismo.

CM: Mas, para além de certas práticas, esse pensamento único penetra também alguns valores jornalísticos?
JB: Veja você a tão mencionada objetividade jornalística, um mito reverenciado que é empregado para salvar as aparências. Eu não creio nela, mas sim em um valor cada vez mais esquecido, a independência. Tomei para mim uma frase de uma história de Lucky Luke (da história em quadrinhos), onde o cowboy fazia as vezes de guarda-costas de um editor do longínquo oeste que dizia "independência sempre, neutralidade jamais". Na Telesur, adotarei esse ditado, mas já sabemos que às vezes se paga caro.

CM: Por que?
JB: Porque defender um pensamento jornalístico autônomo equivale a defender a soberania, a autodeterminação, dois princípios que o Império não admite.

CM: Como será o relato dessa guerra na versão da Telesur?
JB: O relato dessa guerra exigirá o melhor de nós, começando por deixar bem estabelecido qual será o foco e nossa política editorial. O governo colombiano nega que exista um conflito. Nós, em troca, diremos que há um conflito devido a décadas de exclusão social e política, e que a solução só será encontrada pelo caminho do diálogo. Seremos promotores do diálogo. Jornalisticamente, a pauta será dar voz a todos os protagonistas, aos que perderam suas casas e terras, aos familiares dos soldados e inclusive aos grupos rebeldes, sim eles são parte da notícia. Segundo parece isso já incomodou algumas pessoas.

CM: A que tipo de incômodo se refere?
JB: Abrimos um escritório em Bogotá e, sem ter gravado uma hora de programação, nosso correspondente William Parra foi alvo de um ataque violento, sendo apunhalado cinco vezes. Nós temos sido cautelosos ao fazer a denúncia, não queremos pensar que tenha sido conseqüência dele ser jornalista da Telesur, mas informamos o ocorrido a organismos de defesa dos direitos humanos, ao governo e aos sindicatos profissionais. Esperamos que não se repita. ________

[1] Director da revista Question e da Agência de notícias Alia2 .
[2] Nome dado à zona de fronteira que une o Brasil, a Argentina e o Paraguai.


O original encontra-se em http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=reportagens&id=3253 . Tradução de Marco Aurélio Weissheimer.

A URL da Telesur é http://www.telesurtv.net/ .

Esta entrevista encontra-se em http://resistir.info/ .


Primera dama exhorta a candidatos presidenciales a que se manifiesten contra el golpe

La esposa del presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, se encontraba en la clandestinidad hasta este lunes por seguridad personal. Sin embargo, este martes en sus palabras hacia la multitud congregada en apoyo a su esposo, garantizó que "vamos a seguir a partir de hoy acompañándolos en esta lucha", que el pueblo viene promoviendo por diez días consecutivos.

La primera dama de Honduras, Xiomara Castro de Zelaya, instó a los candidatos presidenciales de las elecciones generales -pautadas para el 29 de noviembre- a que se manifiesten en torno al golpe de Estado, porque "mientras exista un gobierno de facto, cualquier acción que se tome será nula".

"Hay que hacer un llamado a los candidatos que aspiran a las elecciones generales. Mientras exista un gobierno de facto, cualquier acción que se tome (...) o si se convoca a elecciones, también será un gobierno de facto (el electo en esa supuesta jornada) porque en ningún momento un país va a reconocer las acciones porque todo es nulo" a partir del pasado 28 de junio, fecha en que se propinó el golpe de Estado.

En este sentido, continuó la primera dama, los más interesados en que se restablezca el orden democrático deben ser precisamente los candidatos que están aspirando a la Presidencia de la República.

Por otra parte, Xiomara Castro de Zelaya aseveró que a partir de este martes acompañará ininterrumpidamente "todos los esfuerzos que se realicen por la paz, para que se pueda permitir que la gente pueda ser consultada, pueda expresarse".

La esposa del presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, se encontraba en la clandestinidad hasta este lunes por seguridad personal. Sin embargo, este martes en sus palabras hacia la multitud congregada en apoyo a su esposo, garantizó que "vamos a seguir a partir de hoy acompañándolos en esta lucha", que el pueblo viene promoviendo por diez días consecutivos.

Después de manifestar que ante ella se encontraba la mayoría del pueblo, se mostró segura en que las "represalías van a continuar contra mi familia (...) pero no tengo miedo", exclamó.

Asimismo, precisó que no podía seguir refugiándose porque su vida corría peligro, mientras "habían hombres y mujeres que estaban dando el pecho, estaban dando su vida por esta causa (...) yo no podía quedarme callada en esta lucha, y mucho más cuando creo en ella".

Más adelante, exhortó a la población a continuar en la pacífica lucha y a no tener miedo, porque "la causa de la lucha es justa", mientras el gobierno golpista, que preside Roberto Micheletti, "han levantado los derechos constitucionales, pueden entrar en las casas, capturar y matar a las personas", repudió Castro.

Mientras el gobierno de facto asegura que en Honduras hay paz y normalidad, han "coartado la libertad de los medios de comunicación, aún cunando dicen que hay libertad de expresión; hemos visto cómo se ha perseguido al pueblo en las comunidades, y me sorprende cuando escucho que aquí hay paz", relató la esposa de Manuel Zelaya.

"Cómo puede haber paz si a la gente no la dejan salir de sus comunidades, si no permiten que salgan buses de los departamentos, si hay toque de queda. Cómo hay paz si hay suspensión de los derechos y garantías de las personas (...) Cómo hay paz si cuando la gente sale a expresarse sale el Ejército a reprimir" y han causado la muerte de dos jóvenes, cuestionó Xiomara Castro de Zelaya.

Precisamente, respecto a una de las víctimas, Castro informó que conversó con los padres del muchacho -a quienes manifestó su absoluta solidaridad- y aseveró que fueron ellos quienes le dieron fortaleza y no al revés, como esperaba.

Esto, porque los padres le manifestaron en la conversación telefónica que a su hijo no lo mataron por criminal, "sino por defender una causa, la paz y la justicia en el país. Lo mataron porque él estaba luchando por el retorno del orden constitucional y la democracia en el país", relató la primera dama ante una multitud de manifestantes.

"Ese ha sido un ejemplo para mi vida. Recibí la lección más grande de mi vida porque era imposible que estuviera refugiándome porque mi vida y la de mi familia corre peligro, mientras hombres y mujeres daban su vida por esta causa. Por eso estoy aquí", aseveró Castro.

Fonte: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/53605-NN/primera-dama-exhorta-a-candidatos-presidenciales-a-que-se-manifiesten-contra-el-golpe/

Assista a única TV LatinoAmericana de resistência popular ao Vivo: http://www.telesurtv.net



PSOL Joinville vai enviar dois delegados para Congresso Estadual

Joinville vai mandar dois delegados para o 2º Congresso Estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A decisão ocorreu após Plenária Municipal do partido, convocada unicamente para este fim, no último dia 14 de junho. Ao todo, 15 pessoas estiveram presentes, dentre as quais apenas 11 tiveram o direito ao voto.

Representarão Joinville no 2º Congresso os militantes Hernandez Vivan Eichenberger, estudante de Filosofia, e Willian Luiz da Conceição, estudante de História e presidente da comissão provisória do PSOL em Joinville.

Os outros presentes na plenária também devem participar do congresso como observadores, ajudando a fomentar o debate sobre os rumos do PSOL.

Fonte: http://psoljoinville.blogspot.com/2009/07/joinville-vai-enviar-dois-delegados.html

Reunião com Secretário e Famílias da Ocupação do Juquiá foi adiada

A reunião dos moradores do Juquiá com o secretário regional do Paranaguamirim, Lioilson Mario Corrêa, foi adiada para o dia 8 de julho, próxima quarta-feira.

Uma comitiva formada por três moradores da comunidade do Juquiá e dois militantes do Partido Socialismo e Liberdade foram, na última sexta-feira, levar algumas reivindicações ao secretário regional. Os pedidos consistiam em tubulação e máquinas para abrir as valetas que servirão para escoar a água do mangue, já que não há a mínima condição de saneamento básico na comunidade.

Uma reunião havia sido marcada para às 16h e, por motivo de doença da filha de Lionilson, desmarcada algumas horas antes. Com a ausência do secretário, a carta de reivindicação e o censo realizado pelo PSOL foram entregues a secretária do órgão. Toda a situação vivida pelas famílias que ocupam o local foi exposta.

Fonte: http://psoljoinville.blogspot.com/2009/07/reuniao-com-secretario-adiada.html


Cinco trabalhadores rurais são assassinados em PE

Os trabalhadores rurais João Pereira da Silva, Juarez Cesário da Silva, Natalício Gomes da Silva, Olimpio Cosme Gonçalves e Dedé foram executados no Assentamento Chico Mendes, Agreste de Pernambuco, na manhã desta segunda-feira (06/07). Erionaldo José da Silva está hospitalizado no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, com um tiro no braço.

Eles estavam trabalhando na construção de casas no assentamento, quando dois homens em uma moto pararam e perguntaram pelo tesoureiro. João Pereira da Silva, presidente da Associação do Assentamento, pediu que se identificassem e os homens anunciaram o assalto. Depois, mandaram que os trabalhadores se deitassem no chão e dispararam.

O assentamento Chico Mendes, na antiga fazenda Garrote, possui 660 hectares e está localizado no distrito de São Domingos, município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste Pernambuco. Uma conquista de 11 anos de luta, o assentamento tem três anos e está consolidado com 30 famílias assentadas. Parte das famílias já recebeu crédito para produção e construção das casas.

Dos seis trabalhadores atacados, apenas João Pereira e Eriovaldo moravam no assentamento Chico Mendes. Juarez, do Assentamento Macambira; Natalício, Olimpio e Dedé, do Assentamento Lago Azul, estavam em Chico Mendes contribuindo na construção das casas.

Os corpos dos cinco companheiros mortos estão no Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru. Até o momento, as razões das mortes não são conhecidas.

Fonte: http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=7027


6 de julho de 2009

A greve dos previdenciários e a repressão federal

Escrito por Waldemar Rossi

No dia 16 de junho foi deflagrada greve dos funcionários do INSS que atingiu 17 estados do país. Esclarecimentos que vêm do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência e Saúde do estado de São Paulo:

1 - Há mais de 25 anos os funcionários do INSS executam jornada de 30 horas semanais, ou seja, trabalho de 6 horas diárias durante cinco dias na semana. Há vários documentos revelando que o próprio governo federal determinou que a jornada de seis horas diárias fosse executada sem interrupção, isto é, sem intervalo para refeições ou descanso. Perante a legislação trabalhista brasileira, depois de dois anos de um determinado regime regular de trabalho, tal fato passa a ser contrato de trabalho aceito por ambas as partes. Portanto, a jornada de 30 horas semanais já é legal, já é um direito conquistado, reconhecido e bilateral.

2 – Entretanto, sem cumprir compromisso assumido com seus funcionários, o governo expediu lei (unilateral e autoritária) alterando a jornada para 40 horas semanais. Ou seja, o governo federal se dá o direito de alterar unilateralmente um contrato de trabalho existente há mais de 25 anos, passando por cima dos direitos dos trabalhadores. E este se diz um "governo dos trabalhadores". O próprio ministro da Previdência, José Pimentel, é filiado ao PT e não respeita os direitos dos trabalhadores.

3 – Em vista da justa resistência dos trabalhadores, e sem diálogo e em desrespeito ao ser humano que trabalha, o INSS, pelo seu ministro petista, determinou que os trabalhadores sejam enquadrados em artigo que os coloca como faltosos, ignorando propositalmente código próprio para situações de greve. Trata-se, em mais um instrumento, de ASSÉDIO MORAL, também previsto em legislação trabalhista e reconhecido pelos tribunais brasileiros.

Como de praxe neste país, que tem um Judiciário comprometido com os interesses do capital, o Tribunal Regional do Trabalho cassou a liminar concedida pelo juiz da 13ª Vara Federal de São Paulo, sob a alegação de que já havia sentença no Superior Tribunal de Justiça, sem considerar que a decisão de tal tribunal se aplicava ao sindicato em multa diária, e não aos trabalhadores, como passou a fazer, com assédio moral, com a chantagem das demissões ilegais.

É lamentável que estejamos muito próximos dos atos de arbitrariedades praticados pelo regime militar, que cassou Lula e tantos outros sindicalistas por defenderem os direitos dos trabalhadores. O comportamento do governo federal e de seus vários ministros, inclusive do PT, desconsidera as determinações mais elementares da Organização Internacional do Trabalho (órgão da ONU), que afirma que o trabalhador tem "direito a trabalho decente, digno...", devendo ser respeitado o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, dentre outros princípios, o respeito à cidadania do trabalhador.

A premissa maior da Constituição está em que o trabalho humano deve se estruturar na efetiva garantia de respeito à dignidade da pessoa humana. O que este governo também não pratica. Por isto e pelas outras tantas formas de repressão ao movimento social desencadeadas no país, é importante que o movimento social se unifique em defesa imediata dos trabalhadores e suas conquistas.

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.